Arcebispo de Tucumã: “Matrimônio” homossexual pretende orientar cultura popular

BUENOS
AIRES, 12 Jul. 10 (ACI) .- O Arcebispo
de Tucumã, na Argentina, Dom Luis Villalba, denunciou ante as autoridades
locais que o polêmico projeto para legalizar as uniões entre pessoas do mesmo
sexo “pretende orientar a cultura do povo”.

Dom Villalba fez estas declarações ao presidir o tradicional Te Deum pelo 9 de
Julho na Catedral local, ao qual a presidenta Cristina Fernández Kirchner
decidiu não assistir, mas sim o governador tucumano, José Alperovich, e outras
autoridades provinciais.

O Prelado fez referência ao debate que será produzido no Senado na próxima
quarta-feira sobre o projeto de lei sobre o “matrimônio” entre
pessoas do mesmo sexo, ao advertir que “está em jogo uma lei que pretende
orientar a cultura do povo”.

Recordou que “o povo tucumano, pertencente a diferentes credos religiosos,
por massiva maioria, expressou estar em desacordo com este projeto de
lei”, e sustentou que “a união em casal de pessoas do mesmo sexo é
naturalmente distinta à união de um casal heterossexual que chamamos
matrimônio. Para realidades distintas correspondem em justiça denominações
distintas, para não dar lugar a uma apropriação indevida do conceito de
matrimônio”.

“A união do matrimônio homem-mulher aberto à vida, não é uma união
qualquer entre pessoas, tem características próprias e irrenunciáveis que fazem
do matrimônio a base da família e da sociedade”, sublinhou o prelado
argentino.

O Arcebispo considerou que “este tema não deve ocultar os grandes desafios
que temos e que reclamam as energias e esforços, especialmente dos dirigentes
da sociedade.

Finalmente ele assinalou que “à luz do Bicentenário se deve projetar como
prioridade nacional: erradicar a pobreza e impulsionar o desenvolvimento
integral de todos. Desejamos celebrar o Bicentenário com justiça e inclusão
social. Devemos avançar na reconciliação na sociedade, em fortalecer as
instituições republicanas, é preciso afiançar a educação e o trabalho como
chaves do desenvolvimento e da justa distribuição dos bens, é preciso promover
o federalismo, que supõe a necessária e justa autonomia das Províncias e seus
Municípios”.